Irã diz que ataque de Israel foi 'declaração de guerra', e pede ação do Conselho de Segurança da ONU
Ministério das Relações Exteriores iraniano enviou carta à ONU nesta sexta (13). Exército israelense atacou infraestruturas nucleares do Irã e matou lider...

Ministério das Relações Exteriores iraniano enviou carta à ONU nesta sexta (13). Exército israelense atacou infraestruturas nucleares do Irã e matou lideranças militares, além de cientistas. Líder supremo iraniano já havia ameaçado Israel e seu maior aliado, os EUA. Líderes de Irã e Israel se pronunciam sobre ataques O Irã afirmou nesta sexta-feira (13) que o ataque aéreo israelense contra suas instalações militares e nucleares durante esta madrugada foi uma "declaração de guerra". Essa foi a descrição do ataque feita pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em carta enviada à ONU. Abbas pediu que o Conselho de Segurança da ONU "trate imediatamente dessa questão", informou o ministério. Horas depois, uma reunião de emergência foi convocada pelo Conselho para as 16h desta sexta-feira, no horário de Brasília. O Irã também lançou 100 drones contra Israel em resposta aos bombardeios, segundo autoridades israelenses. O governo iraniano nega o ataque. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do agravamento da situação Israel x Irã Na madrugada, as Forças de Defesa de Israel atingiram dezenas de alvos no território iraniano. Explosões foram registradas em Teerã e em outras cidades do país. Os militares afirmaram que o objetivo da operação é impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Após o ataque, o regime iraniano ameaçou Israel e Estados Unidos ao afirmar que os países vão "pagar caro". O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel receberá "um destino amargo". O bombardeio matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri. Dois cientistas nucleares também foram mortos. Khamenei afirmou que a ação revela a "natureza perversa" de Israel. Disse ainda que sucessores logo assumirão as funções e darão continuidade ao trabalho. "A mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica não os deixará impunes, se Deus quiser. Com esse crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo — e certamente o receberá", afirmou. Na TV estatal, o porta-voz das Forças Armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, acusou os Estados Unidos de apoiarem o ataque. Ele afirmou que americanos e israelenses vão pagar um preço alto pelos bombardeios. Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na operação. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que “Israel tomou uma ação unilateral” e que “a prioridade dos EUA é proteger suas tropas na região”. Segundo ele, Washington foi informado, mas não participou da ação. No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o Irã por um acordo nuclear "antes que não sobre mais nada". LEIA TAMBÉM Quem eram Mohammad Bagheri e Hossein Salami, líderes militares do Irã mortos em bombardeio de Israel Israel diz que Irã tem material suficiente para fazer 9 bombas nucleares O que é a Guarda Revolucionária do Irã Líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, em reunião com equipe do presidente Masoud Pezeshkian, em Teerã Escritório do Líder Supremo do Irã/via AP O que se sabe sobre o ataque Entenda a cronologia da escalada de tensões entre Irã e Israel 🔴 O ataque acontece em meio a crescentes tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano. Pouco após Israel lançar o bombardeio contra o Irã, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um pronunciamento gravado com antecedência. "Estamos em um momento decisivo na história de Israel", disse. Em seu discurso, o primeiro-ministro disse que a operação militar tem como objetivo deter "a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel" e que os ataques continuarão "por quantos dias forem necessários". Segundo um oficial das Forças de Defesa de Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir ogivas nucleares em questão de dias. O regime iraniano também está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto para desenvolver uma bomba. Uma nota divulgada pela embaixada de Israel no Brasil afirmou que o Irã é o "principal patrocinador do terrorismo global" e representa uma ameaça ao Estado. VÍDEOS: mais assistidos do g1