Lula conversou com Maduro sobre 'paz na América do Sul e no Caribe' na semana passada, diz Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na semana passada sobre "paz na América do Sul e no Cari...
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na semana passada sobre "paz na América do Sul e no Caribe", afirmou o Palácio do Planalto. Não foram fornecidas informações adicionais. A ligação entre Lula e Maduro não constou da agenda oficial de Lula e não havia sido tornada pública quando a ligação aconteceu, como acontece na maioria de ligações entre o presidente brasileiro e outros chefes de Estado. A informação só foi confirmada pela Secretaria de Comunicação da Presidência após ser publicada pelo jornal "O Globo". A Venezuela é o foco da principal preocupação geopolítica na América do Sul. Desde agosto, o governo Trump tem posicionado uma robusta força militar dos Estados Unidos no mar Caribe — incluindo porta-aviões, caças e navios de guerra — sob o discurso de combate ao narcotráfico, mas com claro tom de pressão ao regime de Maduro. O Brasil tem tentado abrir um diálogo com os EUA sobre a tensão do país com a Venezuela. O assunto foi abordado na conversa entre Lula e Trump na Malásia e também na última ligação que Lula e Trump realizaram, também na semana passada. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Na primeira semana de dezembro, os EUA interceptaram e apreenderam um navio petroleiro venezuelano próximo à costa do país, em ação inédita que levantou questionamentos sobre se isso configura ato de guerra. O Brasil quer evitar ao máximo um conflito militar na América do Sul. A preocupação é que uma possível invasão dos EUA ao país venezuelano abra um precedente para que os EUA invadam outros países do continente sulamericano. Paralelamente, caças F‑18 realizaram sobrevoos no Golfo da Venezuela como parte dessa demonstração de força. Trump, por sua vez, elevou o tom ao afirmar que os EUA têm planos de contingência para substituir Maduro, sem descartar o uso de tropas em solo venezuelano. Presidentes Lula e Maduro durante encontro em Brasília, em maio de 2023. Ueslei Marcelino/Reuters Maduro reagiu classificando as ações americanas como “agressão”, afirmou que convocará milicianos para a defesa e alegou que tudo se justifica com mentiras para promover uma escalada militar. Ressaltou ainda que a Venezuela está em seu “direito legítimo de defesa”.