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Quem eram Mohammad Bagheri e Hossein Salami, líderes militares do Irã mortos em bombardeio de Israel

Mohammad Bagheri era chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã; Hossain Salami comandava a Guarda Revolucionária do Irã. Chefe da Guarda Revolucioná...

Quem eram Mohammad Bagheri e Hossein Salami, líderes militares do Irã mortos em bombardeio de Israel
Quem eram Mohammad Bagheri e Hossein Salami, líderes militares do Irã mortos em bombardeio de Israel (Foto: Reprodução)

Mohammad Bagheri era chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã; Hossain Salami comandava a Guarda Revolucionária do Irã. Chefe da Guarda Revolucionária do Irã é morto durante ataque de Israel O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, Mohammad Bagheri, foi um dos dois principais líderes militares do país mortos no ataque das Forças de Defesa de Israel na madrugada desta sexta (13), no horário local. O bombardeio atingiu instalações nucleares e militares, incluindo residências de altos comandantes como Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, na qual Bagheri ingressou em 1980. A instituição é o braço mais poderoso do Exército do país e foi fundada após a Revolução Islâmica de 1979. As Forças de Defesa de Israel atingiram dezenas de alvos no território iraniano. Os militares afirmaram que o objetivo da operação é impedir o avanço do programa nuclear do Irã. O regime iraniano afirmou que o ataque aéreo contra suas instalações militares e nucleares foi uma "declaração de guerra". O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, pediu em carta enviada à Organização das Nações Unidas (ONU) que "trate imediatamente dessa questão". AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do agravamento da situação Israel x Irã Irã diz que ataque de Israel foi 'declaração de guerra' Por que ataque de Israel é sem precedentes e maior golpe à elite no poder no Irã Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, e Hossain Salami, chefe da Guarda Revolucionária do Irã Reuters Quem era Mohammad Bagheri? Morto em um contexto de tensões elevadas entre Irã e Israel, Mohammad Bagheri foi o principal líder militar do Irã, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas desde 2016. Internacionalmente, a Guarda Revolucionária é considerada uma organização terrorista por países como Estados Unidos, Arábia Saudita e Bahrein, devido ao seu envolvimento em atividades militares e apoio a grupos armados na região Devido a seu papel militar e político, ele foi classificado por vários países, em 2019, como um dos líderes que "durante décadas oprimiram o povo iraniano, exportaram o terrorismo e avançaram com políticas desestabilizadoras em todo o mundo", diz o documento do Tesouro dos EUA. Bagheri também esteve envolvido no comando das operações e estratégias militares do Irã, incluindo o programa de mísseis balísticos e o apoio militar a aliados, como na Síria e na assistência à Rússia com drones na guerra na Ucrânia. Quem era Hossein Salami? Salami era uma das figuras mais poderosas do setor militar iraniano. Nome forte e próximo ao regime iraniano, o militar foi veterano da guerra Irã-Iraque dos anos 1980. Estudou gestão de defesa no Exército iraniano e, em 1997, já chegou ao cargo de chefe de operações da Guarda Revolucionária e tinha voz no programa nuclear iraniano desde então. Em 2006, o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções contra ele por esse envolvimento no programa balístico. O chefe da Guarda Revolucionária já declarou na televisão que o Irã tinha como estratégia varrer o regime sionista do mapa, uma referência a Israel. O que se sabe sobre o ataque Líderes de Irã e Israel se pronunciam sobre ataques 🔴 O ataque acontece em meio a crescentes tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano. Pouco após Israel lançar o bombardeio contra o Irã, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um pronunciamento gravado com antecedência. "Estamos em um momento decisivo na história de Israel", disse. Em seu discurso, o primeiro-ministro disse que a operação militar tem como objetivo deter "a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel" e que os ataques continuarão "por quantos dias forem necessários". Segundo um oficial das Forças de Defesa de Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir ogivas nucleares em questão de dias. O regime iraniano também está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto para desenvolver uma bomba. Uma nota divulgada pela embaixada de Israel no Brasil afirmou que o Irã é o "principal patrocinador do terrorismo global" e representa uma ameaça ao Estado. Após o ataque, o governo iraniano ameaçou Israel e Estados Unidos ao afirmar que os países vão "pagar caro". O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel receberá "um destino amargo". Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na operação. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que “Israel tomou uma ação unilateral” e que “a prioridade dos EUA é proteger suas tropas na região”. Segundo ele, Washington foi informado, mas não participou da ação. No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o Irã por um acordo nuclear "antes que não sobre mais nada".