Suprema Corte da Argentina determina prisão da ex-presidente Cristina Kirchner
Juízes rejeitaram recurso para anular condenação com pena de seis anos de prisão, nesta terça-feira (10). Ex-presidente pode ser detida a qualquer momento....

Juízes rejeitaram recurso para anular condenação com pena de seis anos de prisão, nesta terça-feira (10). Ex-presidente pode ser detida a qualquer momento. A ex-presidente Cristina Kirchner em 10 de junho de 2025 REUTERS/Tomas Cuesta A Suprema Corte de Justiça da Argentina determinou nesta terça-feira (10) a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner. Os juízes rejeitaram um recurso que tentava anular uma condenação a seis anos de prisão por corrupção. Com a decisão, Cristina pode ser detida a qualquer momento. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A condenação já havia sido confirmada por duas instâncias da Justiça argentina. Cristina, no entanto, aguardava em liberdade a análise do recurso apresentado à Suprema Corte. Diante da possibilidade de prisão, a ex-presidente convocou apoiadores a se mobilizarem e irem às ruas contra a decisão. Segundo o jornal Clarín, há bloqueios em rodovias que dão acesso à cidade de Buenos Aires. Cristina recebeu o resultado da decisão na sede do Partido Justicialista, em Buenos Aires. Dezenas de apoiadores se aglomeraram em frente ao edifício. Na semana passada, Cristina havia anunciado a intenção de disputar as eleições legislativas de setembro, tentando uma vaga como deputada pela província de Buenos Aires. Com a rejeição do recurso, ela é considerada inelegível e não poderá concorrer. Cristina Kirchner governou a Argentina por dois mandatos, entre 2007 e 2015. Mais tarde, foi vice-presidente durante o governo de Alberto Fernández, de 2019 a 2023. Por ter mais de 70 anos, ela ainda pode solicitar a conversão da pena para prisão domiciliar. O caso Cristina Kirchner dá entrevista após votar em 22 de outubro de 2023 Horacio Cordoba/Reuters Cristina Kirchner foi condenada por favorecer o dono de uma empreiteira da província de Santa Cruz — onde os Kirchner iniciaram a carreira política. O empresário venceu 51 licitações para obras públicas. Ela foi acusada de chefiar uma organização criminosa e de conduzir uma administração fraudulenta entre 2003 e 2015, período que inclui o governo de Néstor Kirchner e os dois mandatos da própria Cristina. Segundo a acusação, o esquema teria causado um prejuízo de US$ 1 bilhão aos cofres públicos. Cristina negou as acusações e disse que o tribunal já tinha a sentença pronta desde o início do processo. Na época, afirmou que a Justiça agia como um “pelotão de fuzilamento”. VÍDEOS: mais assistidos do g1